sexta-feira, 29 de maio de 2009

Governo do RJ proíbe uso de MP3, MP4 e máquinas fotográficas em sala de aula


RIO - O uso de aparelhos de mp3, mp4, walkmans, game boys, agendas eletrônicas e máquinas fotográficas está proibido nas salas de aula, bibliotecas e outros espaços de estudo das escolas da rede pública estadual do Rio de Janeiro. O impedimento é estabelecido pela Lei 5.453/09, cuja sanção pelo governador Sérgio Cabral foi publicada no Diário Oficial do Poder Executivo desta quarta-feira. A norma, originada de projeto de lei do deputado Marcelo Simão (PHS), modifica a lei em vigor que proíbe o uso de celulares, tornando a regra mais abrangente.

- Esta alteração na lei aumenta seu alcance e eficácia, já que sabemos que os celulares não são os únicos responsáveis, hoje em dia, por distrair os alunos e atrapalhar as aulas. Agora ficará mais fácil garantir a atenção em sala de aula - aposta Simão.


Fonte. http://moglobo.globo.com


Fala Mestre! Yves de La Taille



Nossos alunos precisam de princípios, e não só de regras.

Agressões, humilhação, ausência de limites. Nove em cada dez educadores reclamam que as salas de aula estão cada vez mais incivilizadas e que é preciso dar um basta. Para resolver o problema, nove entre dez escolas recorrem a regras de controle e punição. “É legitimo, mas é pouco. É preciso criar uma lei para coibir algo que o bom senso por si só deveria banir?”, questiona Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Especialista em Psicologia Moral (a ciência que investiga os processos mentais que levam alguém a obedecer ou não a regras e valores), ele defende que a escola ajude a formar pessoas capazes de resolver conflitos coletivamente, pautadas pelo respeito a princípios discutidos pela comunidade. O caminho para chegar lá passa pela formação ética – não necessariamente como conteúdo didático, mas principalmente no convívio diário dentro da instituição. Co-autor dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) sobre Temas Transversais, La Taille aponta que a tentativa de abordar assuntos como ética, orientação sexual e meio ambiente de maneira coordenada em várias disciplinas não funcionou no Brasil. “É uma proposta sofisticada que não se transformou em realidade.” Nesta entrevista concedida a NOVA ESCOLA, o ganhador do Prêmio Jabuti de 2007 na categoria Educação, Psicologia e Psicanálise, com o livro Moral e Ética, Dimensões Educacionais e Afetivas, indica caminhos para trabalhar esses temas no ambiente escolar.

Políticos, educadores e a sociedade cada vez mais pedem ética para solucionar problemas sociais. A que se atribui essa demanda?
YVES DE LA TAILLE
Existe uma situação de medo, uma percepção de que as relações humanas estão cada vez mais desrespeitosas. Mas creio que a demanda social não seja realmente por ética. O clamor, na verdade, é por normatização. Tanto que hoje temos uma espécie de hiperinflação de leis. Um exemplo é o projeto aprovado pela Assembléia Legislativa de São Paulo proibindo o uso de celulares dentro das classes. É claro que atender ao aparelho durante a aula atrapalha, mas como a escola enfrenta esse problema? Criando uma regra de controle em vez de discutir os valores envolvidos nessa situação – o respeito ao outro, por exemplo. Penso que deveria haver uma regulação social, e não uma regulação estatal, para esses comportamentos.

O que significa isso?
LA TAILLE
Significa que a própria sociedade deveria ser capaz de administrar essas atitudes. O professor, por exemplo, tem a possibilidade de dizer: “Não vamos usar o celular porque isso atrapalha a aula, a não ser numa emergência”. Quando uma lei exterior resolve até os mínimos conflitos, cria-se uma sociedade infantil. Já a formação ética, em vez da simples normatização, discute as relações com outras pessoas, as responsabilidades de cada um e os princípios e valores que dão sentido à vida. No Ponto de Encontro, procure pela comunidade Indisciplina Escolar

Como a escola pode discutir princípios e valores?
LA TAILLE
Antes de tudo ela tem de eleger seus próprios princípios, coerentes com a
Constituição brasileira: liberdade, respeito, igualdade, justiça, dignidade... É fundamental,
ainda, deixar claro aos estudantes e pais quais são esses princípios, defendendo-os com unhas e dentes. Por exemplo, se um aluno for humilhado, ferindo o princípio da dignidade, algumacoisa precisa ser feita. Aí entram debates, reuniões e assembléias para discutir regras que garantam a defesa do princípio. "A dimensão moral da criança tem de ser trabalhada desde a pré-escola. Ética se aprende, não é uma coisa espontânea"

Qual é a real influência da escola no desenvolvimento moral e ético?
LA TAILLE
Em primeiro lugar, é preciso lembrar que criar cidadãos éticos é uma responsabilidade de toda a sociedade e suas instituições. A família, por exemplo, desempenha uma função muito importante até o fim da adolescência, enquanto tem algum poder sobre os filhos. A escola também, na medida em que apresenta experiências de convívio diferentes das que existem no ambiente familiar – se deixo meu quarto bagunçado, o problema é meu; se deixo uma classe bagunçada, o problema não é só meu.

Cidadania e ética podem ser trabalhadas nas séries iniciais?
PERGUNTA DA LEITORA Solange Gomes, Vilhena, RO

LA TAILLE
Claro. A dimensão moral da criança tem de ser tratada desde a pré escola e se estender por toda a trajetória do aluno. O trabalho pode ser feito de forma simples ou sofisticada, não importa: o que a escola não pode é silenciar. Décadas atrás, tiraram a disciplina Educação Moral e Cívica do currículo. É bom que ela tenha sido eliminada por causa de sua ligação com a didatura militar, mas o problema é que não colocaram nada no lugar. Moral, ética e cidadania se aprendem, não são espontâneas.

É preciso criar aulas específicas para abordar esses temas?
LA TAILLE
Penso que a transversalidade é melhor que uma aula específica. Se ela for considerada inviável numa determinada instituição, então que se proponha uma aula. Mas, se essas discussões não encontrarem eco nas próprias relações da escola, o trabalho em sala terá pouco efeito. É preciso que o conteúdo seja inseparável do convívio. Não adianta falar das belas virtudes da justiça e da generosidade e ter um ambiente de desrespeito e indiferença. Por outro lado, se os contatos forem expressão de uma sociedade digna e solidária, faz sentido discutir justiça e generosidade. Existe uma ponte entre a vida e a ref lexão sobre a vida.

Muitos educadores trabalham regras de convivência com a turma em suas aulas por meio dos combinados, discutindo normas coletivamente. Qual é sua opinião sobre essa prática?
LA TAILLE
Para que um combinado seja efetivamente aceito, é preciso prestar atenção a três aspectos. Primeiro, é necessário que os princípios inspiradores norteiem o acordo e sejam explicitamente colocados, não fiquem apenas implícitos para a turma. Na escola inglesa Summerhill, por exemplo, um dos princípios fundamentais é o da igualdade. Com base nele, ficou decidido que nenhuma assembléia poderia resolver que os meninos menores serviriam aos maiores – algo que, na prática, poderia acontecer caso os mais velhos tivessem maioria em uma votação, digamos. Esse, aliás, é o segundo ponto importante: deve-se evitar ao máximo que os combinados se dêem por votação. É preferível procurar o consenso, o que dá muito mais trabalho mas é bem mais rico porque desenvolve a prática de escutar o outro. Se o grupo segue muito rápido para a votação, elimina-se uma etapa preciosa que poderia ser dedicada ao diálogo. A votação não é diálogo, a votação é poder: se eu tenho mais votos que você, você perde e eu ganho. Em terceiro lugar, o professor não pode abrir mão de seu papel de autoridade, simplesmente jogando para o grupo asresponsabilidades pelas sanções que o combinado pode gerar.

Há algum caso prático que exemplifique essa atuação?
LA TAILLE
Posso contar um fato real ocorrido numa excelente escola, uma das melhores que eu conheço. A professora combinou com uma turma de 5 e 6 anos que, após as brincadeiras, as crianças guardariam os brinquedos. Todas brincaram, mas duas delas resolveram não guardar o brinquedo. O que fazer nessa hora? A educadora – que depois se arrependeu profundamente – propôs que a classe criasse uma lista num pedaço de papel, escrevendo de um lado aqueles que cumpriram o combinado e do outro os que não. Resultado imediato: o menino e a menina que haviam desobedecido ao acordo ficaram desesperados porque se viram excluídos. Foram para casa e disseram que não queriam mais voltar à escola de jeito nenhum. O erro da professora foi justamente atribuir ao grupo a sanção. A tirania do grupo às vezes é pior do que a tirania de uma só pessoa.

Qual seria a atitude correta da professora nessa situação?
LA TAILLE
Ela deveria ser a guardiã do combinado, dizendo aos pequenos: “Vocês vão arrumar os brinquedos, sim. Primeiro, em razão do combinado. Segundo, porque eu estou mandando”. É preciso cuidar para que a criança não substitua a figura do adulto. Ela precisa dessa referência de autoridade, de proteção, de confiança. Depois, à medida que a turma vai tomando consciência e refletindo sobre as questões morais, pouco a pouco o grupo passa a assumir essa referência.

Então, pode-se dizer que a questão da indisciplina é um problema moral?
LA TAILLE
Depende do que se entende por indisciplina. Eu vejo três definições para o termo. A primeira tem a ver com a falta de autodisciplina, que é quando o aluno não consegue organizar a tarefa. A segunda pode ser associada à desobediência. Acontece quando eu mando o aluno fazer algo e ele não faz. Eu deixo de ter autoridade porque ele não seguiu minhas ordens, mas não fui desrespeitado. O estudante pode desobedecer dizendo algo como “Senhor, me desculpe, mas eu não vou fazer a lição”. É uma questão política, tem a ver com a legitimidade do posto de direção. A terceira indisciplina, o desrespeito, essa, sim, é uma questão moral. Se estou lecionando e o aluno se levanta e vai embora como se eu não existisse, fui desobedecido como autoridade e desrespeitado como pessoa, independentemente do fato de eu ser ou não professor. Isso não se justifica. Um professor com uma aula chata não me autoriza de jeito nenhum a desrespeitá-lo.

Como co-autor do capítulo dos Temas Transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais, qual é sua avaliação sobre o impacto desse documento na formação dos alunos?
LA TAILLE
Em geral, o que se verifica é que a tranversalidade foi pouquíssimo implementada. Ela se baseia na idéia de que um determinado tema social seja trabalhado coordenadamente por professores de várias disciplinas. Cada um deles contribuiria, dentro de sua área de atuação, para o ensino desses assuntos. Para que isso seja feito, é preciso que a equipe se reúna, estabeleça metas e defina o que cada um vai abordar. Isso pressupõe uma elaboração complexa: o tempo é essencial para organizar as propostas, colocá-las à prova e – não vamos esquecer nunca – avaliá-las. Na prática, esbarra- se em diversos problemas, como o fato de muitos professores trabalharem em várias escolas e só comparecerem para dar aulas ou, no máximo, também às reuniões ligadas a sua disciplina.

As escolas não estão preparadas para a transversalidade?
LA TAILLE
Eu diria que não estão disponíveis para ela, até pelas condições trabalhistas que acabei de mencionar. Existem belíssimas atividades com temas transversais, mas quase sempre são levadas por um único professor. Raramente há o comprometimento institucional necessário para o projeto se tornar a realidade proposta pelos PCNs. E o governo também precisa se comprometer.

De que forma?
LA TAILLE
Os políticos prestam um grande desserviço à Educação quando cada novo governo quer partir quase do zero, como se cada mandato fosse a Revolução Francesa, que aboliu o calendário anterior e implantou novos meses, novas datas. Pegue-se o caso dos PCNs, feitos no governo Fernando Henrique e atualmente deixados de lado, apenas vegetando no site do Ministério da Educação. E o programa Parâmetros em Ação, que era essencial para instrumentalizar a proposta, foi abandonado. Ele seria essencial para concretizar os PCNs, que são, evidentemente, teóricos.

Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA
Labirintos da Moral
, Mario Sérgio Cortella e Yves de La Taille, 112 págs., Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 26 reais
Limites: Três Dimensões Educacionais, Yves de La Taille, 152 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115-152, 34,90 reais
Moral e Ética – Dimensões Educacionais e Afetivas, Yves de La Taille, 192 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 36 reais
Vergonha, a Ferida Moral, Yves de La Taille, 288 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000, 43,90 reais

fonte: revistaescola.abril.com.br


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dia da Mata Atlântica

Data marca desafio de proteger o que ainda resta



WWF-Brasil / Adriana Mattoso


Ela protege uma das mais ricas biodiversidades do mundo, oferece locais de beleza cênica sem igual, contribui com o fornecimento de água para mais da metade da população brasileira e na regulação do clima de algumas das maiores cidades do país. É impossível falar da Mata Atlântica, uma das florestas mais exuberantes do mundo, sem usar superlativos para dimensionar sua importância e evidenciar sua urgente proteção. Restam apenas 7% do bioma em seu estado natural e 60% dos animais ameaçados de extinção do país dependem desse ambiente para sobreviver.

Nesta quarta-feira, 27, comemora-se o Dia da Mata Atlântica. A data marca a necessidade de barrar o desmatamento, recuperar o que foi degradado, ampliar o número de áreas protegidas, públicas e privadas, e melhorar a gestão daquelas que já existem. Os principais núcleos de resistência da floresta são as áreas já protegidas, ou seja, parques públicos e reservas particulares criados por lei.

No estado de São Paulo, especialistas iniciam em junho testes em três parques estaduais, Intervales, Serra do Mar e Itinguçu, para, de um lado, controlar e prevenir o impacto da visitação e, de outro, melhorar as condições para que as unidades de conservação possam melhor receber as pessoas que queiram conhecer e proteger a Mata Atlântica. A ação será desenvolvida em parceria entre WWF-Brasil e Fundação Florestal.

Leia esta e outras matérias

WWF-Brasil / Masao Goto Filho

Conheça melhor a Mata Atlântica

Parque Estadual da Serra do Mar

Apenas 200 quilômetros separam a capital paulista do maior remanescente protegido de Mata Atlântica no país, o Parque Estadual da Serra do Mar. Abrangendo 23 municípios e com 315 mil hectares, o parque abriga quase metade das 1.523 espécies de animais já descobertos no bioma, segundo Avaliação Ecológica Rápida realizada em sua área. Muitas dessas espécies estão ameaçadas de extinção como o muriqui, o maior primata das américas, o papagaio-da-cara-roxa, o gato maracajá, a onça-pintada, a jaguatirica e a lontra.

Parque Estadual de Itinguçu

Outro pólo de biodiversidade no estado de São Paulo é o Vale do Ribeira sobre o qual será realizado estudo de acompanhamento de duas trilhas, uma delas no Parque Estadual de Itinguçu. A área de 8.148 hectares, com 2.420 hectares de faixa marinha, é um dos maiores trechos costeiros protegidos no estado, e tem atraído 45 mil visitantes por ano, motivados por suas cachoeiras, praias de excelente balneabilidade e beleza da paisagem. O local é também privilegiado para o avistamento de aves. Só de beija-flores e pica-paus foram identificadas quase 30 espécies diferentes na região.

Leia mais

Foto © Adriana Mattoso

Tucano se alimenta no Parque Estadual da Serra do Mar.
Patrimônio biodiverso

A complexa interação entre as correntes oceânicas e o relevo de altitude da costa brasileira resultou numa das regiões naturais de maior biodiversidade do planeta. Caracterizada por diferentes ecossistemas, como exuberantes florestas, campos de altitude, mangues e restingas, a chamada Mata Atlântica originalmente cobria todo litoral brasileiro, ao longo de 1,3 milhões de quilômetros quadrados.

Toda essa riqueza de ambientes também repercutiu na formação de um berçário de espécies únicas. Nestes bolsões de biodiversidade são encontrados nada menos de 7% das espécies mundiais de animais e plantas, que vivem sob intensa ameaça numa das áreas mais populosas do país.

Darwin
Foi na Mata Atlântica que Charles Darwin, o criador da teoria da evolução, teve sua primeira experiência em uma floresta tropical num continente durante sua expedição no navio Beagle, em 1832. Foram três meses em que o naturalista coletou plantas, animais, insetos e acima de tudo se encantou com a multiplicidade de espécies e a beleza da mata.
Em viagem ao Brasil no ano passado, refazendo o percurso do tataravô no Rio de Janeiro, Randal Keynes, tataraneto de Charles Darwin, disse que ele ficaria horrorizado com a destruição da Mata Atlântica brasileira: há 177 anos atrás, ele encontrou quase intocado o que agora está reduzido a apenas 7%.


Curiosidades



Onça-pintada, bicho-preguiça, lontra, mico-leão-dourado, gato-maracajá, muriqui, sabiá-cica e papagaio-do-peito-roxo são alguns dos 383 animais ameaçados de extinção e que dependem da Mata Atlântica para viver.


Pitanga, goiaba, araçá, caju, uvaia, maracujá e jabuticaba são frutas nativas da floresta atlântica.



Canal com o WWF-Brasil

fonte: http://www.wwf.org.br/

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como funcionam as bombas nucleares

Consequencias e riscos à saúde


por Craig C. Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

A detonação de uma bomba nuclear sobre um alvo como uma cidade populosa provoca danos imensos. O grau dos danos dependerá da distância de onde o centro da bomba é detonado, chamado de hipocentro ou marco zero. Quanto mais próximo alguém estiver do hipocentro, maior será o grau de danos sérios. Os danos são causados por diversos aspectos:
  • uma onda de calor intenso de uma explosão;
  • pressão da onda de choque criada pela detonação;
  • radiação;
  • precipitação radioativa (nuvens de finas partículas de poeira radioativa e resíduos da bomba que voltam a cair no solo).
No local do hipocentro, tudo será imediatamente vaporizado devido à alta temperatura (até 500 milhões de graus Fahrenheit ou 300 milhões de graus Celsius). Fora do hipocentro, a maioria das ocorrências são causadas devido a queimaduras ocasionadas pelo calor, ferimentos devido a estilhaços aéreos dos edifícios derrubados pela onda de choque e exposição à alta radiação. Fora da área imediata da detonação, as ocorrências são causadas pelo calor, radiação e incêndios gerados pela onda de calor. A longo prazo, a precipitação radioativa ocorre sobre uma área mais ampla devido a espirais de vento antecedentes. As partículas de precipitação radioativa penetram o manancial d'água e são inaladas e ingeridas por pessoas a uma distância considerável do local de detonação da bomba.

Cientistas estudaram os sobreviventes dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki (em inglês/japonês) para compreender os efeitos de curto e longo prazo das explosões nucleares sobre a saúde humana. A radiação e a precipitação radioativa afetam as células responsáveis pela divisão ativa (cabelo, intestino, medula óssea, órgãos de reprodução). Algumas dos problemas de saúde incluem:

Estes problemas freqüentemente aumentam o risco de ocorrência de:
  • leucemia;
  • câncer;
  • infertilidade;
  • deficiências congênitas.

Cientistas e físicos ainda estão estudando os sobreviventes das bombas lançadas sobre o Japão e aguardam mais resultados.

Na década de 80, cientistas avaliaram os possíveis efeitos de uma guerra nuclear, isto é, bombas nucleares explodindo em diversos locais do planeta, e propuseram a teoria de que o "inverno nuclear" pudesse ocorrer. Em um cenário de inverno nuclear, as explosões de muitas bombas levantaria muitas nuvens de poeira e material radioativo, que teriam uma rápida penetração na atmosfera terrestre. Estas nuvens poderiam bloquear a luz solar. O nível baixo de luz solar poderia diminuir a temperatura do planeta e reduzir a fotossíntese realizada pelas plantas e bactérias. A redução da fotossíntese romperia a cadeia alimentar, causando a extinção em massa da vida (incluindo a vida humana). Este cenário é semelhante à hipótese de um asteróide proposta para explicar a extinção dos dinossauros. Os proponentes do cenário de inverno nuclear apontaram para a existência de nuvens de poeira e resíduos que viajaram muito além do planeta, após as erupções vulcânicas do Monte Santa Helena, nos Estados Unidos, e do Monte Pinatubo, nas Filipinas.

As armas nucleares possuem um incrível poder de destruição a longo prazo, que ultrapassaria em muito o alvo original. É por essa razão que os governos mundiais buscam uma tentativa de controlar a difusão da tecnologia de armamento nuclear e seus materiais, bem como a redução do arsenal de armas nucleares empregadas durante a Guerra Fria.

fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br


A FÍSICA ENTRE A GUERRA E A PAZ - REFLEXÕES SOBRE A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA CIÊNCIA

Luiz Pinguelli Rosa

É freqüentemente evocado que Arquimedes teria queimado navios inimigos na Grécia focalizando sobre eles a luz do sol refletida por superfícies espelhadas. leia mais

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Usos do bicarbonato de sódio em atividades infantis


por Christine Halvorson - traduzido por HowStuffWorks Brasil

O bicarbonato de sódio pode fazer algumas coisas incríveis para as atividades ou projetos de suas crianças. Misturar um sólido com um líquido pode formar um gás. Isso pode soar maçante, mas pode ser muito divertido de assistir. As diversas propriedades químicas do bicarbonato de sódio são úteis para alguns projetos e atividades interessantes para fazer com as crianças em dias de chuva e podem despertar um interesse pela ciência. Construir um vulcão, fazer uma moldura para fotos ou criar uma peça de bijuteria. Neste artigo, você verá muitas dicas com o bicarbonato de sódio para demonstrar alguns princípios básicos de ciência ou só para se divertir. Vamos começar com alguns projetos simples.
Sementes saltadoras: dissolva 2/3 de uma colher de chá de bicarbonato de sódio em 1/2 xícara de água em um recipiente de vidro grande. Adicione as sementes de uma maçã e 1 colher de sopa de suco de limão e agite a mistura. As bolhas carregarão as sementes para cima e para baixo.
Feijões mágicos: encha uma vasilha com água, adicione corante alimentício e 1/4 de xícara d
e vinagre. Em seguida, adicione 3 colheres de chá de bicarbonato de sódio. Coloque na vasilha botões, arroz ou macarrão e veja-os subir e descer como mágica.


Projetos com massinha

O bicarbonato de sódio e alguns outros ingredientes podem se transformar em uma massinha especial que pode proporcionar horas de diversão e ser usada em uma variedade de projetos. A receita de massinha está no final desta página. Prepare-a e deixe seu filho soltar a imaginação.
Enquadramentos: capture a marca da mão da criança em Massinha, pressionando-a na massinha úmida. Quando secar, pinte e acrescente o nome da criança e a data no verso. Em seguida, fixe um gancho para quadros.
Recorte um quadrado ou retângulo da massinha e, então, corte uma abertura de moldura do tamanho de uma fotografia favorita. Deixe uma margem de 1,5 centímetro. Use outro pedaço de massinha para um suporte a ser preso na parte traseira. Decore a moldura.
Crie uma placa com o nome para o quarto de uma criança recortando os formatos das letras e prendendo-as em um pedaço retangular de massinha como fundo. Pinte e faça o acabamento quando estiver seca.
Bijuterias: forme contas para um colar rolando a massinha em formatos ovais ou redondos. Pressione um palito de dentes através das contas para fazer os furos do cordão.
Enfie as contas de massinha em um fio, cordão de sapato, fio de lã, linha de pipa ou de pesca. Amarre nós entre as contas para prendê-las no lugar.
Para fazer
um brinco ou um broche, crie pequenos formatos com um lado posterior plano e cole-os a suportes de brincos ou de alfinetes.
Idéias para as férias com massinha: faça divertidas argolas para guardanapos rolando um longo e estreito retângulo de massinha e então moldando as extremidades para formar um anel. Use cortadores de biscoitos para fazer enfeites de natal. Com o enfeite ainda úmido, faça um furo perto do topo para pendurar. Acrescente um gancho ornamental ou uma fita para pendurar o enfeite.
Toques de acabamento da massinha: pinte as peças secas com aquarela, tinta para cartazes ou tintas acrílicas. Desenhe com uma caneta
hidrográfica ou marcador à prova d'água. Aplique purpurina sobre a tinta úmida. Suavize bordas ásperas ou rachadas com uma lixa. Proteja os objetos acabados de massinha com spray de acrílico ou esmalte para unhas transparente.



Fazendo um vulcão
com bicarbonato de sódio
Modele um pedaço de cartolina na forma de um cone. Introduza uma xícara pequena no topo do cone para fazer a cratera do vulcão.

Apóie o cone sobre uma assadeira. Cubra o cone com gesso. Não deixe cair gesso na xícara.

Deixe o cone secar completamente. Pinte ou decore o cone para se parecer com um vulcão.

Para a erupção do vulcão, misture 1/4 de xícara de vinagre com 1 colher de chá de detergente e um pouco de corante alimentício vermelho. Coloque 1 colher de chá de bicarbonato de sódio na xícara da cratera. Em seguida, verta a mistura de vinagre na cratera.
































Massinha com bicarbonato de sódio

Faça esta massinha e deixe a imaginação de seus filhos ir longe.

A massinha endurece depois que seca e cria uma lembrança duradoura.
Para começar, você precisará dos seguintes ingredientes:

2 xícaras de bicarbonato de sódio
1 xícara de amido de milho
1 1/4 de xícara de água fria

Corante alimentício (opcional)Misture o bicarbonato de sódio e o amido de milho em uma panela pequena. Adicione água e mexa para misturar os ingredientes. Então cozinhe em fogo médio, mexendo por 10 a 15 minutos.
Adicione corante alimentício à água para fazer a massinha colorida. Não cozinhe demais a mistura. A massinha deve ter a consistência de um purê de batatas. Despeje a massinha em um prato. Cubra a massinha com um pano úmido enquanto ela esfria.

Faça a massinha com antecedência e guarde-a por até uma semana. Conserve-a refrigerada em um recipiente plástico, mas ponha a massinha em temperatura ambiente antes do uso.
Três maneiras de secar a arte com massinha

Ao ar: coloque a massinha sobre uma prateleira de arame ao longo da noite.

No forno: pré-aqueça o forno a 180°C. Desligue o forno e coloque os objetos acabados sobre uma assadeira. Deixe-os ali até que o forno esfrie.

Microondas: coloque os objetos sobre uma toalha de papel, asse-os em potência média por 30 segundos, vire-os e asse por outros 30 segundos. Repita até que a massinha seque. Publications International, Ltd.


fonte http://criancas.hsw.uol.com.br


sábado, 23 de maio de 2009

Uma escola nova?

Lídia Aratangy. Foto: Daniel Aratangy
Lídia Aratangy. Foto: Daniel Aratangy

Quando uma criança adentra o portão de uma escola (sobretudo pública), ela já é vencedora de várias batalhas: venceu a luta contra a desnutrição, a desidratação, as verminoses; resistiu à ilusão de liberdade das ruas; e, mais importante, essa criança está apostando na escola, nessa primeira rodada da injusta competição entre a escola e o trabalho infantil. Por tudo isso, ela deveria ser recebida como herói.

Mas não é o que costuma acontecer. Ela ainda vai ter de enfrentar a violência da própria escola, muitas vezes sutilmente disfarçada, para se defender da demolição sistemática engendrada pelo preconceito de colegas e professores. Apelidos maldosos e brincadeiras embaraçosas são exemplos de situações que transformam a escola num palco de agressões cruéis. O professor, mesmo sem se dar conta, pode funcionar como aliado dos alunos mais integrados, tornando-se agente desse processo de exclusão dos menos competentes. Sua expectativa sobre o sucesso ou fracasso do aluno é decisiva: aqueles em cujo sucesso o professor acredita, tendem realmente a ter resultados melhores.

Assim, são ridicularizados e humilhados o aluno tímido, o que não consegue se exprimir com clareza, o desatento, o que “não tem cabeça para o estudo”, o que “não tem base”. Depois de algum tempo, essas crianças isolam-se e passam a ser tratadas com frieza e distanciamento. Exemplos de condenações prematuras e preconceituosas concretizam-se em frases como: “Se você não aprendeu isso até agora, não vai aprender nunca!”, “Você, de novo! Sempre você!”, Ou, pior ainda: “A minha classe tem três ou quatro alunos que se salvam, o resto não vai dar pra nada!”. Ao passar adiante esse tipo de informação, o professor contribui para que o rótulo de “caso perdido” transforme-se numa segunda pele do aluno, que acaba por incorporar sua condenação ao fracasso. Mas são justamente esses os alunos que precisariam receber atenção redobrada, pois é sobre eles que estão os olhos cúpidos dos traficantes de drogas, dos aliciadores de menores para o trabalho clandestino, dos abutres da prostituição infantil.

A escola não é responsável por essas situações de injustiça, mas ela é detentora das armas mais poderosas para transformar essas crianças de vítimas em agentes de mudança. Dentro de seus muros elas encontram, muitas vezes, a única esperança de reversão da expectativa de fracasso, talvez o único modelo de convivência digna que a vida lhes pode oferecer. A escola tem o poder de ajudar a criança a fazer uma tradução crítica das vivências que traz, mostrando-lhe a possibilidade de uma nova leitura do mundo e desenvolvendo nela a esperança de um mundo mais justo.

Para que o processo educacional seja bem sucedido, as relações dentro da escola devem ser pautadas pelo respeito mútuo – entre professor e alunos; entre os alunos; entre os gestores e a população escolar. Dentro da sala de aula, a relação entre professor e alunos deve se basear na confiança dos alunos no saber do mestre, na esperança do professor no futuro de seus alunos.

O filme Entre os Muros da Escola é uma preciosa autocrítica de um professor sobre o fracasso da escola em atender seus alunos, uma verdadeira aula sobre o processo pelo qual a instituição, ao marginalizar seu aluno, vai fazer dele um marginal. Sutilmente, o filme mostra como as várias instâncias envolvidas na educação daqueles jovens falham em sua tarefa. Vejamos algumas delas.

1. O espaço físico da escola é frio, inóspito, opressivo. O pátio de recreio não tem sequer um banco onde os jovens possam se sentar, não há uma sombra para abrigá-los, não existe nenhuma quadra esportiva onde possam jogar bola sem incomodar os colegas.

2. A relação da escola com os pais dos alunos é precária e desrespeitosa: não há, entre os professores, ninguém que conheça a língua ou a cultura de origem de seus alunos; a escuta é desatenta e desrespeitosa, o discurso dos pais não é levado em consideração; a escola não se interessa pelo que se passa com seus alunos fora de seus muros.

3. O professor François, protagonista do filme, embora bem intencionado, é totalmente descrente da competência de seus alunos, e inadequado na sua relação com eles. Sua agressividade se revela no uso frequente da ironia e do sarcasmo, provocando nos alunos um sentimento de humilhação e vergonha, desfavorável ao processo de aprendizagem. Emblemática a conversa entre ele e o professor de História, quando este tenta sugerir uma integração entre as duas disciplinas e recebe uma resposta desinteressada e cínica sobre a incompetência dos alunos para entender um texto mais elaborado (mais adiante, a aluna considerada entre os menos capazes vai deixá-lo boquiaberto ao revelar que leu os Diálogos de Platão...).

4. A escola deixa passar excelentes oportunidades de exercer sua função educadora e formadora. Por exemplo: numa postura pretensamente democrática, os alunos se fazem representar nas reuniões do Conselho, mas nenhum dos professores presentes se dá ao trabalho de lhes explicar porque estão ali e como deveriam se comportar: apesar dos esforços das meninas para se fazer notar, os professores não lhes dão a mínima atenção, e agem como se elas fossem invisíveis. Outro exemplo: em várias cenas fica patente o valor da lealdade entre os alunos – mas a escola só valoriza os momentos de tensão e conflito entre eles (uma manifestação comovente da solidariedade entre os jovens é a atitude da menina agredida que, diante do professor, defende o colega agressor).

Nossa cultura enaltece a educação pautada no princípio de aprender com os erros. Seria bem mais eficiente aprender com os acertos. O professor François desperdiça uma boa oportunidade de recuperar seu aluno rebelde quando este lhe entrega o excelente trabalho fotográfico que fez quando solicitado a fazer sua autobiografia. É patente o encantamento do jovem por se ver elogiado pelo professor, numa demonstração da importância que atribui ao julgamento do mestre. Infelizmente, esse momento se perde. E o aluno reassume sua postura de contestação e rebeldia, que, sem encontrar canais mais adequados para se expressar, vai desaguar numa agressividade descontrolada.

É então que a escola perde a guerra. Aquele menino – bom filho, irmão carinhoso, colega leal e solidário – vai ser considerado, pelos gestores de sua escola, a maçã podre da qual a instituição quer se livrar, para proteção dos que ficam. Uma boa teoria para quitandeiros; péssima para educadores.

fonte: http://revistaescola.abril.com.b

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ajude a fazer de seu colégio uma trincheira contra a violência

Bases Legais
Ciências Humanas e suas Tecnologias

Conteúdo
Ética e cidadania

Objetivos
Debater sobre a função da escola no combate à violência

Conteúdo relacionado

Reportagem da Veja:

Introdução
Há algo de novo na frente educacional: algumas escolas do país tornaram-se baluartes na guerra contra a violência. A boa notícia é fornecida pela reportagem de VEJA, que informa como muitas escolas, ao abrir nos fins de semana para os estudantes e a comunidade, estão contribuindo para reduzir os episódios de tráfico de drogas, agressões físicas e outras práticas inaceitáveis.

O seu colégio já se aproximou da comunidade e comprovou os benefícios dessa atitude educativa? Ou, ao contrário, ele insiste em se fechar como um casulo ou uma fortaleza sitiada? Seja como for, discuta em sala de aula essa iniciativa inovadora contra a violência escolar, com base nos dados da revista e de programas e projetos educacionais associados ao tema. E, paralelamente, mobilize a turma e a comunidade pela abertura ampla, geral e imediata dos portões escolares.

Lembre que o problema da violência na escola tem uma dinâmica própria, que não pode ser dissociada das condições do entorno da instituição – os municípios brasileiros, com todas as suas carências e desigualdades. Por exemplo, que equipamentos de lazer e de cultura eles oferecem à população jovem? A pesquisa Violência na Escola: América Latina e Caribe, realizada pela Unesco em 2001, fornece a resposta. Cerca de 19% dos municípios do país não têm biblioteca pública e em 83% deles não existe cinema. Esses dados bastam para mostrar como todos se beneficiam quando a escola abre suas portas para a comunidade e promove o uso compartilhado de equipamentos esportivos e culturais.

Atividades
Proponha que a turma discuta a seguinte definição da pesquisadora Marília Sposito: “Violência é todo ato que implica a ruptura de um nexo causal pelo uso da força. Nega-se, assim, a possibilidade de relação social que se instala pela comunicação, pelo uso da palavra, pelo diálogo e pelo conflito”. Ou seja, um conflito conduzido dentro das regras do jogo, sem romper o diálogo, não causa ruptura.

Informe que, segundo o IBGE, a expectativa de vida no país poderia ser três anos maior se não fossem as mortes prematuras de jovens de 15 a 24 anos. Na opinião dos alunos, o que ocasiona essas mortes? Eles provavelmente responderão que o problema está associado à desigualdade social. É importante levá-los a perceber que a diminuição da violência na escola pode ajudar a minimizar esse drama.

A reportagem dá conta de que a abertura do espaço da escola para a comunidade vem contribuindo para reduzir drasticamente a violência nessas instituições. Isso acontece com todas as manifestações desses atos? Diga que a pesquisa da Unesco identifica várias modalidades dessas práticas: institucional, simbólica, verbal, psicossocial e física. Incentive os alunos a dar exemplos de cada tipo.
Ressalte que a violência psicossocial diz respeito a atitudes autoritárias que chegam a envolver o emprego da força, enquanto a institucional se manifesta em depredações e pichações das instalações escolares etc. Observe que algumas dessas manifestações tendem a ocorrer mais em escolas pobres da periferia, o que não significa que aquelas situadas em regiões mais ricas estejam livres do problema.

Peça que a classe anote as manifestações de violência na escola registradas no texto de VEJA. A pesquisa da Unesco menciona o uso de drogas, a violência sexual, o uso e o porte de armas e as ameaças verbais e físicas de professores a alunos e vice-versa. Parte dessas manifestações talvez esteja ocorrendo em seu colégio. A turma gostaria de falar a respeito? Além disso, sugira a discussão dos dados da tabela desta página (abaixo) sobre a proporção de alunos de 5ª a 8ª série e do Ensino Médio que já presenciaram o consumo de drogas dentro e perto de escolas nas capitais de certas unidades federativas do Brasil.

A reportagem apresenta formas assumidas pela inserção da comunidade no espaço escolar, tais como a realização de shows de axé e rap no pátio, a transformação da sala de aula em cinema e da cantina em oficina culinária e assim por diante. Estimule a classe a sugerir outras formas dessa interação de professores, funcionários, alunos e seus familiares. Por exemplo, talvez alguns pais de estudantes sejam músicos e ajudem a ensaiar a banda da escola. Que tal as mães divulgarem técnicas de artesanato? Os organizadores de festas típicas podem ensinar aos alunos ritmos, canções e danças populares tradicionais. E as pessoas idosas da comunidade têm a oportunidade de contar aos jovens como era a vida no local num passado não muito distante.

Explique que, além de contribuir para a redução dos atos violentos, essa interação tem grande alcance pedagógico, pois coloca os múltiplos saberes da coletividade a serviço da aprendizagem de crianças e adolescentes. Segundo VEJA, desde 2000, “oito Estados já aderiram ao programa da Unesco: Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco foram os primeiros”. Proponha uma visita aos sites do Programa Escolas de Paz (Rio de Janeiro, 2000) e do Projeto Escola Aberta (Pernambuco, 2001), para acompanhar o desenvolvimento dessas iniciativas pioneiras. Os alunos devem destacar, num mural, os aspectos considerados mais interessantes.

Alunos dos ensinos Fundamental e Médio
que presenciaram o uso de drogas

CAPITAIS

PERTO DA ESCOLA (%)

DENTRO DA
ESCOLA (%)

Manaus

25,7

18,6

Recife

28,4

22,1

Salvador

29,7

25,5

Rio de Janeiro

25,8

18,6

São Paulo

41,1

24,7

Porto Alegre

45,6

29,1

Brasília

39,1

27,3

Fonte: Pesquisa Nacional Violência, AIDS e Drogas nas Escolas, UNESCO – 2001

Veja também:

Internet

Cidadania e Paz nas escolas http://www.ssp.se.gov.br
Programa Paz nas Escolas: www.mj.gov.br/sedh/paznasescolas/
Bibliografia
Violência na Escola: América Latina e Caribe
, Miriam Abramovay e outros, Unesco, tel. (61) 2106-3500

Consultoria Teresa Rego
Professora da Faculdade de Educação da USP

fonte: http://revistaescola.abril.com.br

domingo, 17 de maio de 2009

Há 200 anos nascia Charles Darwin, pai da teoria da evolução


Charles Darwin e a teoria da seleção natural

As teorias do naturalista inglês Charles Robert Darwin (1809 – 1882) acrescentaram pontos vitais para a compreensão do evolucionismo, sendo considerado por muitos uma das figuras mais importantes da ciência. Para analisar os principais pontos de sua teoria primeiramente vamos conhecer os fatos relevantes de sua vida.



Nascido em um ambiente abastado intelectual e financeiramente, o jovem Charles Darwin pôde ao completar seus estudos na escola local, em Sherwsbury, e iniciar o curso de medicina em Edimburgo, porém ao cabo de dois anos (1825 a 1827) abandonou os estudos e encaminhou-se a Faculdade de Estudos Cristãos na Universidade de Cambridge para cursar Teologia. Durante sua estadia em Cambridge, Darwin criou uma forte amizade com o padre e botânico John Stevens Henslow, de onde surgiu seu verdadeiro interesse pelo naturalismo. Graças a sua sede de conhecimento e a influência de seu amigo, Darwin foi convidado a embarcar como acompanhante do capitão Fitz Roy no navio Beagle em uma expedição de aproximadamente cinco anos ao redor do mundo com a missão de completar dados cartográficos para a Marinha Inglesa. Muito embora não fosse o naturalista oficial do navio, cargo ocupado pelo cirurgião Robert McCormick, Darwin teve uma grande oportunidade de coletar materiais e observar a exuberante natureza dos trópicos.
O Beagle
Imagem cedida pelo site Darwin On line
Planta do navio Beagle

Zarpando de Plymouth, Inglaterra, em dezembro de 1831 com o intuito de melhor mapear o Hemisfério Sul, o veleiro Beagle retornaria somente em outubro de 1836. Sua primeira escala foi nas ilhas Canárias seguida da estadia no Cabo Verde, durante o mesmo ano após cruzar o Atlântico suas paradas foram em Salvador, Rio de Janeiro, Montevidéu, Punta Alta e Terra do Fogo. Continuando seu trajeto ancorou nas Ilhas Malvinas, cruzou o Estreito de Magalhães e seguindo pela costa do Chile no ano de 1835 até as Ilhas Galápagos nos meses de setembro e outubro. Após cruzar o Oceano Pacífico chegando a Austrália em janeiro de 1836 o Beagle continuou sua viagem pelas Ilhas Keeling, Ilhas Maurício, cruzando o Cabo da Boa Esperança entre os meses de maio e junho e sua última parada antes de retornar a Inglaterra foi em Pernambuco.

Pouco importa o que Charles Darwin levou em suas malas no início da viagem, mas a bagagem que trouxe serviu de material para desenvolver uma obra que transformaria o mundo. Não somente o material colhido em sua volta ao mundo, mas também a observação e pesquisa sobre a criação de animais e o cultivo de plantas contribuíram para escrever “A origem das espécies” (mais precisamente “A origem das espécies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida”). Lançado em 1859 sua primeira edição de 1250 exemplares se esgotou no mesmo dia.

Vários historiadores e biógrafos especulam sobre a demora do lançamento em mais de 20 anos desde sua viagem a bordo do Beagle a vários motivos, mas concordam que ele sabia que suas idéias causariam alvoroço e repercussão. Em 1844, ele já havia deixado aos cuidados de sua esposa um manuscrito com sua teoria que ela deveria publicar, caso ele viesse a falecer.
Charles Darwin durante sua viagem teve a oportunidade de aportar no arquipélago de Galápagos, e nestas ilhas inóspitas habitavam tartarugas, as quais os marinheiros levavam consigo como provisão de alimento durante suas viagens. Eles diziam que poderiam indicar de qual das ilhas do arquipélago eram originadas as tartarugas pela forma de seus cascos, por exemplo, as originárias da Ilha Isabela têm a carapaça em forma de domo e as, da Ilha Espanhola, têm a carapaça em forma de sela. Estas formas estão relacionadas com adaptações ao ambiente, assim as em forma de domo protegem suas partes moles da vegetação rasteira, pois vivem numa ilha que possui uma vegetação relativamente mais exuberante, e as em forma de sela permitem que elas ergam muito mais a cabeça em busca de alimento, pois é onde predominam cactos e arbustos espinhosos.
Tartarugas das ilhas de Galápagos
Imagem cedida pelo site Darwin on-line
As tartarugas das ilhas de Galápagos foram
fundamentais para as teorias de Darwin


Além dessas conclusões outras surgiram da observação das práticas agropecuárias. Há muito, desde os primórdios da civilização, os homens selecionam entre as plantas e os animais aqueles que possuem as características desejadas cultivando-as e cruzando-as, descartando as que não possuem as características desejadas. Esta prática é hoje conhecida como melhoramento genético tradicional.

Mas, afinal o que há de tão revolucionário em suas observações e conclusões? O que há de peculiar em sua teoria? Vamos entendê-la.
Darwin postulava que toda a diversidade de vida se originava de um ancestral comum que evoluiu através de múltiplas e sucessivas vias divergentes, tendo formas ancestrais e formas derivadas, originadas das primeiras. E esse processo é puramente material e mecânico, excluindo aqui qualquer noção de intenção divina de organização e complexidade, pois a seleção natural, mecanismo fundamental de sua teoria evolucionista, privilegia a sobrevivência dos mais aptos em detrimento a dos menos aptos. A idéia de economia natural, onde os seres viveriam sob o espectro da harmonia divina, já havia sido abalada por Lamarck, mas retirar dos organismos a finalidade de evoluir era um pressuposto muito incômodo para a época. Os seres que fossem capazes de, numa competição por alimento, território ou parceiros, superar seus adversários teriam mais chances de se reproduzir e transmitir suas características superiores aos seus descendentes.

Mas, como um ser, animal ou planta, se modifica? Darwin aludia isso a pequenas variações nos organismos, geradas pelo acaso, e quando estas variações eram úteis para a sobrevivência, tornando os mais aptos, estes sobreviveriam, mas se essa alteração fosse deletéria ou não o provesse de vantagens adaptativas ao meio e a competição, eles não viveriam para transmiti-las aos seus descendentes. Para melhor entender esse mecanismo vamos comparar as idéia do “pescoço da girafa” exposto para exemplificar a teoria de Lamarck. Para Darwin não seria o alongamento voluntário do pescoço que faria com que as girafas evoluíssem para as de pescoço comprido, mas imaginemos um grupo das mesmas girafas primitivas, de pescoço pequeno, em um ambiente onde não abundassem plantas pequenas, e que nesse grupo, pelo acaso nascessem algumas com um pescoço um pouco maior. Numa situação dessas, elas levam vantagem, pois podem mais facilmente alcançar as copas das árvores, e como isso dispor de mais alimento, as de pescoço menor não conseguiriam, e poderiam sucumbir de fome, ou mesmo não competir para se reproduzir. Quem ganharia o páreo? As com pescoço maior! Elas teriam mais chances de sobrevivência e reprodução, e conseqüentemente transmitir sua característica vantajosa para os seus filhotes. E do mesmo modo que acontecia na teoria de Lamarck, geração após geração, os pescoços das girafas iriam aumentando, mas diferentemente dele, Darwin afirma que não seria por uso e desuso, mas porque aquelas que têm o pescoço maior têm mais chances. O mecanismo de transmissão das características continuou sendo a herança dos caracteres adquiridos, tal qual consolidado por Lamarck.

Resumidamente podemos dizer que a teoria de Darwin diz que os seres evoluem através do tempo através do mecanismo da seleção natural.

*Veja o caminho percorrido por Darwin
*Quem foi Charles Darwin?
*Saiba mais sobre a Teoria da Evolução
*Ano de Darwin
*Exposição na casa onde viveu Darwin traça a vida do cientista; assista ao vídeo
*Ideias de Darwin ainda 'assustam', diz filósofo

*
Darwin aos 200: a contínua força de uma ideia não convencional
*Galápagos tem 10 anos para ser salvo de desastre ecológico , diz especialista
*Curiosidades sobre Darwin

fontes: http://ciencia.hsw.uol.com.br

http://educacao.ig.com.br/




quinta-feira, 14 de maio de 2009

Massacre virtual



Alguns adolescentes usam a internet para agredir professores. Isso não é brincadeira, é crime. Evite-o ou defenda-se

Ana Rita Martins (ana.martins@abril.com.br)
AGRESSÃO GRATUITA - Comentários hostis expõem educadores, que podem, e devem, combatê-los sempre

"Fica livre dele eh a melhor coisa do mundo! Além de surdo eh chato! "

"Ela eh ridícula."

"Aquele vesgo do inferno sempre me dá nota baixa."

As frases acima estão ou estiveram publicadas na internet. Elas foram redigidas e postadas por alunos com a intenção de humilhar e ridicularizar professores. Conhecido como bullying - atitudes agressivas intencionais e repetitivas -, esse comportamento já era preocupação de educadores, que há muito procuram maneiras de evitar suas manifestações entre os jovens. A diferença é que agora são eles as vítimas. Quem tem o propósito de ferir os sentimentos do outro encontrou uma poderosa arma na internet, na qual essa conduta recebe o nome de cyberbullying.

No mundo virtual, fica mais fácil tornar públicos imagens e comentários depreciativos, usando para isso blogs, fotologs e sites de relacionamento, de forma anônima ou assumindo a autoria.

Alguns docentes tentam não se incomodar. O professor de Química George Lopes, de Silvânia, a 80 quilômetros de Goiânia, diz não se importar com a comunidade em que é citado (veja imagem acima), que existe há três anos. Quando foi publicada, ele apenas quis saber o teor dos comentários. Descobriu frases como "Dar uma pedrada nele é o meu sonho" e outras ainda mais ofensivas. "Todo educador é visto como chato pelos jovens. Eu sempre fui rígido, por isso os estudantes criaram essa forma de protesto. Além disso, sei que alguns adolescentes se sentem bem humilhando os outros. Mas não ligo, não me atinge", afirma.

Inconformismo e atitude

"Perdi a vontade de dar aulas quando li que eles me achavam 'bisonho'. Nem consegui dormir." Sidnei Raimundo de Melo, professor de Matemática em Manaus, que não quis ser fotografado

Outros, como Sidnei Raimundo de Melo, que leciona Matemática em Manaus, não escondem a indignação. Ele não quis ser fotografado, mas declarou que até pensou em abandonar a carreira ao ler na internet "O professor Raimundo é bisonho". "Fiquei triste, tive insônia e perdi a vontade de trabalhar". Sem o apoio da direção da escola, ele procurou o responsável pela publicação para conscientizá-lo do caráter agressivo de sua atitude. O jovem pediu desculpas e deletou tudo. "É meu dever ajudar a construir valores éticos na sala de aula", afirma Sidnei. Ele estava disposto a prestar uma queixa formal caso a conversa não surtisse efeito: "Os jovens precisam aprender que não dá para desrespeitar impunemente."

Chocada também ficou Maria Aparecida de Carvalho, que dá aulas de Física no Rio de Janeiro, ao descobrir que uma de suas aulas fora gravada em vídeo e estava num site com o título "Maria recebendo um santo". Ela costumava fazer paródias de músicas e adaptar as letras com conteúdos da disciplina para cantá-las com as turmas. Os comentários diziam que ela era ridícula e adorava aparecer. O vídeo foi deletado após a professora avisar que tomaria providências legais.

Esforço conjunto

Tentar evitar essas manifestações deve ser uma preocupação da escola e dos familiares para que não seja preciso partir para medidas extremas (leia os quadros abaixo). De acordo com o psicoterapeuta José Augusto Pedra, presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar, em São Paulo, só o esforço conjunto de pais e educadores é capaz de resultar em conscientização: "A prevenção envolve palestras, atividades que estimulem a solidariedade e a discussão do regimento interno da escola".

Se mesmo assim o professor for vítima de agressão virtual, algumas providências podem ser tomadas. Segundo a pesquisadora Cleo Fante, também do Centro Multidisciplinar sobre Bullying, caso nenhuma medida pedagógica ou legal seja tomada, os jovens continuarão a repetir essas atitudes porque terão certeza da impunidade. "Eles podem se sentir à vontade para denegrir a imagem do professor ou de qualquer outra pessoa. E isso não deve ser permitido, sob pena de comprometer a formação do indivíduo."


Como se prevenir

O psicoterapeuta José Augusto Pedra, de São Paulo, sugere algumas ações para evitar o cyberbullying:

■ Converse com os alunos sobre o tema para que eles não vejam essa atitude como brincadeira.

■ Chame os pais para palestras que tratem do assunto.

■ Envolva os adolescentes em atividades solidárias para fortalecer o senso humanitário e de cidadania.

■ Verifique se o regimento interno da escola prevê sanções a quem pratica atos agressivos. Em caso negativo, discuta com colegas e direção a possibilidade de incluir o tema.

Como se defender

O advogado Rodrigo Santos, de São Paulo, especializado em crimes virtuais, afirma que as vítimas têm o direito de prestar queixa e pedir sanções penais. Caso o autor das ofensas tenha menos de 16 anos, os pais serão processados por injúria, calúnia e difamação; se tiver entre 16 e 18 anos, responderá junto com os pais; e, se for maior, assumirá a responsabilidade pelos crimes. Algumas formas de se defender:

■ Salve e imprima as páginas dos sites.

■ Consiga testemunhas do ocorrido.

■ Preste queixa em delegacia comum ou em uma especializada em crimes virtuais, se houver em sua cidade.

Quer saber mais?

CONTATO
Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar

BIBLIOGRAFIA
Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz, Cleo Fante, 224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868, 24,90 reais

fonte: http://revistaescola.abril.com.br

segunda-feira, 11 de maio de 2009

História do papel modelismo - Papercraft

História do papel modelismo

http://www.24oranges.nl/wp-content/uploads/2008/03/papercraft-bert_simons.jpg

Esta é uma arte muito antiga de modelismo, os japoneses e os chineses, já há desenvolviam através dos origamis e kaigamis ainda na idade média, consiste em construir modelos em três dimensões através de folhas de papel, que posteriormente são pintados...

No século passado, antes do advento do plastimodelismo, era um hobby muito popular na Europa e nos Estados Unidos, com o surgimento da internet e da popularização dos computadores na década passada esse passatempo meio esquecido ganhou outro ânimo, com a comunicação entre entusiastas, surgimento de home pages com centenas de modelos disponíveis para download gratuitamente. Além do que, existem uma série de modelos comerciais provenientes na sua maioria da Europa Oriental (onde por uma série de razões esse hobby se manteve vivo durante os tempos da cortina de ferro e da guerra fria), as marcas mais famosas são: Maly Modelarz, GPM, Modelik/Modelcard, Halinski, Betexa, Schreiber Bogen, Model Kartonowego Fama, Wilhelmshavner, Fiddlers Green e outras.

Com o renascimento desse hobby surgiram também empresas digitais onde você pode baixar o modelo, é o caso da Modelart, Kancho Iliev, Thai Paper Work, Marek Pacinski e outras, em geral esses modelos tem excelente qualidade e retratam aviões civis e militares, tanques e outros AFV, navios, naves espaciais, personagens de games, arquitectónicos e outros...

Ferramentas

Vamos agora falar das ferramentas básicas deste hobby que é bastante simples e acessíveis.

• Estilete: Utilizaremos para cortar peças intricadas do papel sem ter o perigo de deforma-las ou danifica-las, prefira marcas boas. Se quiseres investir um pouco mais o melhor seria adquiri uma faca tipo X Acto que garante na hora do corte uma precisão sem igual.

• Tesoura média de ponta: Pau para toda a obra serve para cortar, desbastar peças, o seu uso é meio óbvio...

• Tesoura de unhas: Utilizaremos para trabalhos delicados de corte.

• Régua de metal: Serve para realizar dobras nas peças ou como escora de qualquer ferramenta de corte (estilete) ou de dobra

• Caneta “Morta” uma caneta esferográfica sem tinta ou uma lapiseira velha são excelentes ferramentas para realizar sulcos nas linhas de dobra das peças.

• Pinças de filatelia ou electrónica: O uso é óbvio: levar peças onde os dedos não chegam ou unir peças para colagem em locais difíceis dos dedos chegarem...

• Cola Branca: Embora seja a principal cola de muitos neste hobby, ela tem a desvantagem de manchar e deformar o papel quando aplicada em demasia.

• Cola de Isopor: Uma boa opção para substituir a cola branca, garante boa resistência e não mancha ou deforma o papel, porém demora, para secar.

• Cola de Glicerina: A famosa cola bastão tipo Print, usamos esta para colar peças em outros tipos de papel ou para duplicar a gramatura de um determinado tipo de papel, é uma cola que não deforma o papel, mas mancha se aplicado em demasia.

• Lápis de Cor: Servem para pintar as famigeradas linhas brancas que são produzidas quando realizamos dobras ou fica uma fresta por causa de uma aba mal colada...

• Palitos de dentes ou agulha de costura: Usamos para aplicar cola sem excessos e acidentes...

• Verniz Acrílico em spray: Utilizamos para proteger o modelo das intempéries e acção do tempo quando pronto, prefira marcas que tenha filtro UV para evitar o amarelamento e desbotamento das cores e do papel.

Materiais

Obviamente o papel é o nosso principal material, os modelistas de cada país o denominam de um jeito diferente. O que em geral no exterior chamam de “cardboard” é equivalente a nossa tradicional cartolina, o que não serve para regra, já que eles definem o tipo de papel pela gramatura e não pela consistência e cor. Aliás falando em gramatura ela é a razão peso/espessura do papel, quanto menor a gramatura mais fino é o papel.Existem alternativas diferentes a cartolina, a desvantagem fundamental desta é que precisa ser cortada em formato A-4 e não são todas as impressoras que a aceitam numa boa...
Uma alternativa a cartolina é o papel sulfite em suas diferentes gramaturas extremamente acessíveis e populares, vendidos em formato A-4 as gramaturas mais comuns são as de 75g e 90g, que podem ser eventualmente utilizadas para trabalhos delicados, no entanto as verdadeiramente úteis são as de 120g e 180g que são um pouco mais difíceis de serem obtidas mas substituem perfeitamente a cartolina.
Outros papéis podem ter usos especiais como o papel cartão, bismark e Kraft em gramaturas acima de 240g que podem ser usados para fazer reforços estruturais internos. Cartolinas metalizadas nas cores prata e ouro podem ser úteis na feitura de modelos que exijam acabamentos metálicos como modelos de foguetes de SF da década de 50. Outro material comum de lermos nas páginas estrangeiras, é o cardstock, na verdade equivale ao papel cartão e ao Kraft que já citamos o uso e função...





http://www.pjlighthouse.com/wp-content/uploads/2007/09/transformer-papercraft-bumblebee-autobot-art-19.jpg

Conselhos básicos para começar

• Escolha um modelo simples para começar...

• Imprima em uma impressora de qualidade, em bom número de DPI’s, das domésticas recomendo as Epsons e HP séries 35 para cima, desaconselho impressoras tipo Cânon e HP série 600 as impressões ficam um lixo (a menos que se utilize os caríssimos cartuchos fotográficos)...

• Impressões em gráfica expressa também valem desde que o papel utilizado esteja na gramatura correcta e seja sem brilho (por que a cola não pega no papel couchê brilhante, muito utilizado neste tipo de local)...

• Escolha gramaturas medianas entre 120g à 180g para imprimir o seu modelo.

• Procure trabalhar em um ambiente limpo, claro e organizado.

• Tenha paciência, se errar e tiver reversibilidade, refaça, amasse e recomece tudo de novo no último caso, lembre-se que isto é um divertimento, não uma tortura que só fará aumentar a sua pressão arterial...

• Procure desenvolver as suas próprias técnicas de montagem, às vezes procedimentos diversos chegam a um mesmo resultado ou a um resultado melhor.

• E por último, por ser uma diversão não a transforme em obsessão, você deve governar o hobby e não o contrário.

Nomenclatura comum no modelismo de papel

Aqui termos em inglês muito comum de vermos nas instruções dos modelos e que são por assim dizer “universais”.

• Tabs ou flaps: São as abas de colagem dos modelos, a junção das peças dependem da colagem destas que são estruturas de união entre os vértices e ângulos das peças.

• Fold Lines: As chamadas linhas de dobra, como o nome diz são por estas linhas que se orientam as dobras que formam as peças, a correcta interpretação destas linhas forma perfeitamente as peças do modelo. Normalmente as linhas que apresentam traçados são de orientação côncava e as que apresentam um traçado e um ponto são de orientação convexa.

• Laminação: E a técnica que forma sólidos pela colagem de diversas lâminas de papel.

fonte: Textos escritos por: Péricles Lopes Gomide Filho


Modelos

link para vários modelos para download

paperCraft Museum

origami Kids

moto Yamaha Ultra realista em PaperCraft

Matéria publicada no blog sobre papercraft

sábado, 9 de maio de 2009

Dia das Mães

Dia das Mães é celebrado em muitos países, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Finlândia, Itália, Turquia, Austrália, México, Canadá, China, Japão, Bélgica e Brasil. A data é usada pelas crianças e pelos maridos para homenagear as mães e avós por tudo o que elas fazem pela educação dos filhos e netos.

A história do Dia das Mães tem sua origem na mitologia grega. Os gregos festejavam a entrada da primavera reverenciando Rhea, mulher de Cronus e mãe de Zeus, também considerada mãe de todos os deuses. Já os romanos festejavam a chegada da primavera reverenciando Cybele, considerada para eles a mãe dos deuses. Chamada de Hilária, essa celebração durava três dias e incluía paradas, jogos e baile de máscaras.Uma versão mais “moderna” do Dia das Mães aconteceu por volta dos anos de 1600, na Inglaterra. O domingo das mães era celebrado no quarto domingo da quaresma. Pequenas lembrancinhas eram dadas e sobremesas especiais eram servidas.


Nos Estados Unidos, o primeiro Dia das Mães surgiu em 1872, sugerido por Julia Ward Howe, autora da letra do hino do país. Mas foi Ana Jarvis, mulher que perdeu sua mãe muito cedo, quem iniciou uma grande campanha para instituir de verdade o Dia das Mães, em 1907. Anna Jarvis organizou uma cerimônia, em 1907, em Grafton, West Virginia, para homenagear sua mãe, que havia falecido dois anos antes disso. A mãe de Anna havia tentado criar o Mother´s Friendship Days, como um modo de lidar com as conseqüências da Guerra Civil (muitas mães perderam seus filhos em combate naquela época). Para criar um feriado nacional que homenageasse todas as mães, Ana e seus apoiadores escreveram para ministros, políticos e homens influentes no país. Seus esforços foram recompensados e assim o Dia das Mães foi oficializado.

Em 1910, West Virginia se tornou o primeiro Estado norte-americano a reconhecer o feriado. Toda a nação seguiu esta decisão e, em 1914, o Presidente Wilson declarou que o segundo domingo do mês de maio seria considerado o Dia das Mães. Anna usou o cravo como símbolo das mães, uma vez que o cravo representa a doçura, pureza e tolerância presentes no amor de mãe. Infelizmente a intenção de Anna acabou sendo superada pelo comércio que soube e sabe até hoje explorar muito bem todos esses feriados comemorativos. Anna lutou muito contra essa “comercialização” e chegou até mesmo a ser presa após ter “perturbado a ordem” em uma convenção de mães, em 1923. Anna nunca se casou e também não teve filhos. Ela faleceu em 1948.

No Brasil, o Dia das Mães foi introduzido pela Associação Cristã de Moços (ACM), em maio de 1918. A data passou a ser celebrada no segundo domingo de maio, conforme decreto assinado, em 1932, pelo presidente Getúlio Vargas. Em 1949, vários proprietários de lojas de São Paulo lançaram uma grande campanha publicitária incentivando a compra de presentes para as mães e o hábito de presentear as mães ganhou impulso no país.

Dia das Mães pelo mundo

- 1º domingo de maio: África do Sul, Portugal
- 2º domingo de maio: Austrália, Bélgica, Brasil, China, Estados Unidos, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Alemanha, Estônia, Grécia, Canadá, Países Baixos, Nova Zelândia, Áustria, Peru, Suécia, Formosa e Venezuela
- Último domingo de maio:França

Outros países, por sua vez, têm datas fixas para comemorar o Dia da Mães:
- 8 de março: Albania, Rússia, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Romênia
- 21 de março: Egito, Siria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos
- 26 de maio: Polônia
- 27 de maio: Bolívia, República Dominicana
- 12 de agosto: Tailândia
- 8 de dezembro: Panamá

fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br